Tendinopatia do manguito rotador

tendinopatia

Primeiramente vamos falar sobre a diferença entre tendinite, tendinose e tendinopatia. 

E por que isso é importante? Pois é comum nos referirmos como tendinite a qualquer tipo de lesão no tendão, mas o tratamento pode variar nos diferentes casos.

 A tendinite se refere à inflamação aguda do tendão, que pode ocorrer por algum trauma ou por tê-lo submetido a um alto volume de sobrecarga, no qual ele não pode suportar.

A inflamação em geral promove dor e sensibilidade na região, e pode ser acompanhada de vermelhidão, edema e aumento da temperatura local. O tratamento se dá pensando em conter o processo inflamatório e reduzir a sobrecarga de diversas formas, visando agilizar a reparação tecidual. 

Porém, nem sempre a dor é decorrente da inflamação, pois o período inflamatório costuma passar em torno de 15 dias. 

A tendinose é uma condição não inflamatória caracterizada por desgaste das fibras do tendão. Isso ocorre devido lesões recorrentes, envelhecimento, esforços repetitivos ou má regeneração tecidual após alguns períodos inflamatórios. Esse enfraquecimento do tendão pode levar à ruptura, parcial ou total. 

O tratamento nesse caso pode ser mais demorado, pois se trata de uma lesão crônica, e é baseado em adotar estratégias para diminuir a sobrecarga nessa estrutura e aumentar a força muscular e do próprio tendão lesionado. Como é uma estrutura fragilizada, pode levar tempo, e é um processo que deve ser acompanhado pelo fisioterapeuta.

Já a tendinopatia significa doença do tendão, e pode se referir à uma tendinite, tendinose ou a qualquer outro acometimento dessa estrutura.

Agora, vamos falar sobre o manguito rotador:

O manguito rotador é um conjunto de músculos e tendões responsáveis por manter a estabilidade da articulação do ombro, tanto de forma estática como dinâmica, e promovem um movimento adequado do ombro. Os músculos que compõem esse grupo são: supraespinhal, infraespinhal, subescapular e redondo menor. 

A tendinopatia do manguito rotador é a lesão mais comum do ombro, e pode receber o nome de síndrome do impacto ou dor anterior no ombro

As causas mais comuns são:

  • Alteração da composição mecânica ou da vascularização do tendão: que podem ocorrer por fatores genéticos ou ocupacionais que geram sobrecarga e lesões,
  • Alteração do movimento da articulação glenoumeral ou toracoescapular: se as outras articulações do complexo do ombro não estiverem funcionando de forma satisfatória para a sobrecarga exigida, o manguito rotador pode ficar seriamente prejudicado.  

Impacto na Qualidade de Vida e Funcionalidade

A tendinopatia do manguito rotador é uma condição dolorosa e limitante. 

O paciente pode sentir dor e não conseguir realizar diversas atividades que fazem parte do seu cotidiano e na sua prática esportiva. Queixas comuns dos pacientes são: tirar uma blusa, realizar tarefas domésticas, lavar o cabelo, dirigir por longos períodos, deitar-se sobre o lado acometido, alcançar objetos. E em relação a atividades esportivas, como: levantar pesos, nadar, jogar bola e segurar uma raquete.

Além da dor e das limitações de movimento, a tendinopatia pode causar rigidez e fraqueza muscular progressiva no ombro afetado. Esses sintomas não apenas prejudicam a capacidade de realizar atividades físicas, mas também podem impactar negativamente o bem-estar emocional e social do paciente, levando à frustração e isolamento devido às limitações impostas pela condição.

A importância da Fisioterapia

O fisioterapeuta é o profissional responsável por identificar quais fatores estão causando ou causaram sobrecarga nos tendões, e por criar estratégias para diminuir essa sobrecarga. 

O fisioterapeuta utiliza de recursos terapêuticos, exercícios e terapia manual com o objetivo de:

  • Aliviar a dor;
  • Diminuir a inflamação;
  • Corrigir a biomecânica do ombro e de outras regiões do corpo que podem interferir e causar impacto nessa articulação;
  • Aumentar a força muscular;
  • Restaurar a mobilidade;
  • Aumentar a capacidade do tendão de absorver carga;

O fisioterapeuta também ensina técnicas de movimento correto e postura adequada para prevenir recorrências. Isso permite ao paciente retomar suas atividades diárias e esportivas de maneira segura e eficaz, promovendo uma recuperação completa e melhorando significativamente a qualidade de vida.

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